segunda-feira, 15 de junho de 2009

Estamos todos ligados pelo mesmo sentimento...

A aeronave fazia o trajeto Rio-Paris com 228 pessoas a bordo, dentre elas estava a Catarinense Deise Possamai.
Ao lado, foto dos destroços do avião.

No domingo, antes de embarcar no voo 447, Deise ligou e disse: “Está tudo certo”. Infelizmente seu destino estava traçado.

Natural de Nova Veneza, no sul de Santa Catarina, funcionária concursada da prefeitura de Criciúma (Santa Catarina) por nove anos e advogada de tributos da prefeitura, Deise Catarinense de 34 anos tinha ânsia de viajar, conhecer o mundo, buscar novas experiências. Estava preparando sua viagem à Itália há dois anos. Formada em Direito e Administração, pretendia viver na pequena cidade de seus antepassados, perto de Roma, para conhecer a cultura, aprimorar a língua e fazer um curso de especialização. Já havia viajado pela Europa e America Latina, porém seria sua primeira experiência de imersão.

"Nos últimos anos Deise viveu intensamente, viajou muito, ela vivia de um jeito que parecia que a vida poderia se esvair a qualquer instante.” Conta a amiga Josiani Bombazar. Ela estava feliz com a viagem, mas a mãe estava preocupada. Conforme a revista época apurou, dona Jucelda, sua mãe, tinha sonhado com um caixão e muita água. Assustada com o pesadelo contou ao marido, Valdir, o sonho estranho. Ele estava em São Bonifácio, uma comunidade do interior de Nova Veneza, quando ouviu pelo rádio que o avião da Air France tinha desaparecido. Ficou desesperado e partiu para casa. Após algum tempo Valdir conseguiu dizer a esposa o que havia acontecido.

Na quinta-feira, antes de partir, Deise entregou ao ex-marido, Hercílio, um albúm de fotos das viagens que fizeram juntos. Ele conta que escolheu 20 fotos, das mais de 300 que tinham juntos.
Os dois nunca deixaram de ser amigos, entretanto o casamento acabou por ele desejar filhos e Deise o mundo. A cidade se mobilizou durante as buscas do avião, grupos de oração surgiram em diversas partes da cidade. “Estamos serenos porque sabemos que ela estava fazendo aquilo que queria”, diz o pai, Valdir.

Este foi o destino de Deise, jovem Catarinense que, assim como seus sonhos, sumiu no mundo. Sem despedidas!

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